Em dois anos e meio, o grupo, formado por Eluizo Júnior (flauta, saxofone e teclados), Rafael Duarte (contrabaixo) e Lucas dos Prazeres (percussão), vem mostrando criatividade e inovação em suas composições. Além disso, apesar do pouco tempo de formação, o trio vem solidificando seu nome como um dos mais inteligentes e talentosos projetos em música instrumental do nosso país, o que contribui para que essa trajetória seja longa e intensamente produtiva.
A partir das influências desses três jovens músicos, enovelam-se de forma coesa, instigante e sensível vários elementos musicais, que vão desde a mais alta liberdade jazzística, trafegando pelo rock progressivo dos anos 70, por ritmos latinos e afro-brasileiros, até a presença de nuances da nossa música tradicional nordestina. Tudo isso composto a partir do “triálogo” entre a esperteza e sagacidade da flauta de Eluizo, a intensa ebulição percussiva de Lucas e a precisão e balanço do contrabaixo de Rafael.
Vigor e suavidade são traços que se complementam e se harmonizam em performances de tirar o fôlego de qualquer platéia. Nessa música, tem-se uma sensação de liberdade grandiosa e de um virtuosismo deliciosamente degustado e sempre presente em cada som criado por esses três músicos.
Com algumas excelentes participações em importantes eventos musicais como o RecBeat (que faz parte da programação “alternativa” do carnaval recifense), o XVII Festival de Inverno de Garanhuns, o Festival de Música Instrumental de Guarulhos e a Feira da Música de Fortaleza, o Rivotrill foi conquistando respeito da crítica especializada e consolidando cada vez mais o seu trabalho como uma grande e feliz novidade no cenário da música instrumental contemporânea.
Em março de 2007, a equipe formada pelos três músicos e mais toda a produção técnica e artística se aloja numa casa, que foi escolhida para ser o estúdio de gravação do disco. A idéia era fazer tudo à sua maneira, com liberdade de criação suficiente e que pudesse dar vazão ao turbilhão de idéias e mirabolâncias que essa turma se propunha a partir de então.
Além disso, o disco conta com a participação de vários convidados, que dão um requinte todo especial ao trabalho. Naná Vasconcelos, Maestro Spok, Renata Rosa e Fabinho Costa, além do próprio Yuri Queiroga, compõem o time que participa de Curva de Vento.
Neste seu álbum de estréia, o grupo traz um trabalho inovador no que diz respeito à concepção de música instrumental, de grande inspiração, criatividade e qualidade. O resultado só vem confirmar o potencial do Rivotrill e de seu som como algo denso e carregado de originalidade, capaz de despertar um olhar diferenciado sobre a música.
Breno Martins Rêgo
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